Acorrentados estamos às palavras
Que pensávamos voláteis, inconstantes.
O seu peso relevamos, suas travas
E suas fundas pegadas de elefantes.
Queres desdizer-te? Agora é tarde!
Falaste mais que a boca, certamente...
Com boas intenções no inferno arde
Toda a vã palavra inconsequente.
Não podes apagar-te com borracha
Assim como desfazer o mal que fazes
Pois logo no seu nicho ele se encaixa.
De coelho as palavras não são coitos,
Reflitamos duas vezes, ó afoitos,
Bocas grandes, boquirrotos contumazes!
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11/04/2017
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