Anjo no Balanço - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2014, 100x100cm
Anjo no Balanço (de Alma Welt)
Naquela árvore rubra do meu horto
De que eu nunca ousei comer o fruto
Mas deixo meu balanço em ponto morto
Para os puros devaneios que desfruto,
Vislumbrei numa tarde o anjo branco,
Jovem ruiva ocupada em balançar
Enquanto entoava um acalanto
Como quem a si mesma quer ninar.
“O sonhado só remete ao sonhador”,
Diz do “código dos sonhos” o axioma
Que desmente em nós o expectador...
Então soube: era eu mesma que eu via,
Que dos meus caminhos todos era Roma
Mas que balançava e não escolhia...
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