La Liseuse- Jean-Jaques Henner - (1829 – 1905)
Alma (de Alma Welt)
Houve tempo em que eu prezava ir à missa
Com um lenço na cabeça e um breviário.
Na verdade era guria, em Rosário,
E devia ser ingênua, por premissa.
Eis então que o padre interpelou-me
Para, curioso, investigar a minha fé
Por um gritinho fino que escapou-me
Durante um sermão em que fui ré.
Mas logo o bom padre percebeu,
Pousando minha mão em sua palma,
Que o centro era sempre e mesmo eu.
E disse: “Filha, não és nada devota,
Ou estás a venerar tua própria alma,
E isso, por princípio, me derrota”...
Alma (de Alma Welt)
Houve tempo em que eu prezava ir à missa
Com um lenço na cabeça e um breviário.
Na verdade era guria, em Rosário,
E devia ser ingênua, por premissa.
Eis então que o padre interpelou-me
Para, curioso, investigar a minha fé
Por um gritinho fino que escapou-me
Durante um sermão em que fui ré.
Mas logo o bom padre percebeu,
Pousando minha mão em sua palma,
Que o centro era sempre e mesmo eu.
E disse: “Filha, não és nada devota,
Ou estás a venerar tua própria alma,
E isso, por princípio, me derrota”...
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