No amargo fim chegar sem dissolver-se,
Sem sequer desintegrar-se ou derreter,
Eis pra nós o mais difícil de obter-se,
Já que o fim nosso é só morrer
Que é o ponto final comum a todos,
Que nos chama, nivela e absolve
Pois havemos de voltar aos mesmos lodos,
Que desde sempre a terra nos envolve...
Mas à beira do abismo do universo
Chegar naquele ponto fronteiriço
Onde os astros experimentam seu reverso
E dizer: “Eis-me, estou pronto: bem vivi!
Cansei até... já posso dar sumiço,
Fui sempre o herói de mim e não fugi!”
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