O Salgueiro Florido da Alma - óleo s/ tela de Guilherme de Faria
Ó meu salgueiro de ramas azuladas!
Quanto tenho eu chorado junto a ti,
Sob essas tuas ramagens derramadas
A me induzir um pranto que escondi.
Agora deitas flores, mais doídas
Pois que mal amenizam tua tristeza
Já que deixam tuas dores só floridas
Como as minhas próprias, com certeza...
E então me comovo à tua sombra
Pela beleza amarga destes prados
Sobre a relva macia como alfombra
E medito a solidão do meu destino
De flores espinhosas como os cardos
Neste sonoro silêncio, como um sino...
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