Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
sexta-feira, 23 de março de 2012
Um Flamenco da Alma (de Alma Welt)
Espanha - Litografia de 1995 de Guilherme de Faria, 26x100cm
Um Flamenco da Alma (de Alma Welt)
Meu pai hospedou na estância, um dia,
Um “cantaor” famoso em todo globo,
Gitano da formosa Andaluzia,
Moreno azeitonado e meio lobo,
Que botou os olhos mouros nesta gringa
Quando cantava ao som de uma guitarra,
Só parando para a água de moringa
Que eu servia como se vinho de jarra.
E depois de muitas palmas de cadência
E aquela voz rouca aliciante,
Eu sentia no corpo uma dormência...
Naquela noite a filha da coxilha
Arderia em fogos de Alicante
E nos vãos divãs mouriscos de Sevilha...
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