segunda-feira, 2 de novembro de 2020

O Aceno (de Alma Welt)

Eis-me como quase em selva escura
Quando penso meu jardim ter alcançado.
Mal avisto de meu lar a forma pura
Da casa e sua varanda de sobrado...

Mal enxergo no jardim minha avó Frida
A conversar com seus botões perfeitos,
Como também de meus cães a acolhida
De seu amor tão cego aos meus defeitos.

Um silencio de uma paz de quarentena
Paira denso a começar pela varanda
Em que meu próprio vulto ainda acena.

Então ocorre, a mim, que esteja pronta,
E ao imortal coração que me comanda,
De que morri faz tempo e não dei conta...
.
02/11/2020

Nenhum comentário: