Não tinha mais por quê e nem por onde,
Não sabia mais o quando e o como,
Sem atinar por trás o que se esconde,
Enfiava a carapuça, o gorro e o domo.
As perguntas terminavam sem respostas,
E via tudo se acabar antes do fim;
Meus navios naufragavam em minhas costas,
Não encontrava mais despojos nem de mim...
Então puxei-me pela ruiva cabeleira
Como aquele barão mestre das mentiras,
Alçando-me da movediça areia.
Como milagre tudo então se refazia:
Eu que estava com o coração em tiras,
Eis que amava como quando era guria...
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03/07/2018
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