O eterno retorno (IV) (de Alma Welt)
Memórias, pensamentos, devaneios,
Com que ricos povoo estes meus dias
Que por certo não o são por outros meios,
Rica de mim, pobre de mim se não me lias
Tu leitor e face-amigo, passo a passo, *
O melhor que posso, sim, diariamente,
Logo eu, que na verdade nada faço,
E tudo em mim se passa só na mente...
Mas o que é o corpo, não é verdade?
Este se vai como a canção do pó no vento *
E só resta de alguns poucos a saudade...
Quero, pois, estar contigo como agora
Já que fui só um ou outro pensamento
Que retorne de mim se eu for embora...
.
16/04/2018
Que por certo não o são por outros meios,
Rica de mim, pobre de mim se não me lias
Tu leitor e face-amigo, passo a passo, *
O melhor que posso, sim, diariamente,
Logo eu, que na verdade nada faço,
E tudo em mim se passa só na mente...
Mas o que é o corpo, não é verdade?
Este se vai como a canção do pó no vento *
E só resta de alguns poucos a saudade...
Quero, pois, estar contigo como agora
Já que fui só um ou outro pensamento
Que retorne de mim se eu for embora...
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16/04/2018
Notas
*... face-amigo - A Alma Welt, após sua morte em 2007, passou a se apresentar ao artista Guilherme de Faria, desde 2008 na página dele no facebook, diariamente, seus sonetos e pensamentos digitados ali diretamente no Status, e datados na hora. Iniciados em 2001, seus sonetos já beiram os 5.000 (!!!). Somente neste blog, um dos mais de 60 da poetisa, são, até este momento, cerca de 1.405.
* canção do pó no vento - Alma certamente se refere à belíssima e pessimista canção "Dust in the Wind", sucesso dos anos 80 da banda de rock americana Kansas.
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