Em território alheio, e inoportuna
Com a minha estranheza quando ando,
Branca, ruiva, solitária, antiga e una.
Levo sempre por disfarce meu cãozinho
Não só pra me dar ares mais domésticos
Mas pra no âmbito ficar do comezinho
Malgrado esta beleza sem cosméticos...
Sou essa pálida dama da poesia
Celebrada em nostálgicas pinturas
Que refletem minha própria nostalgia,
Já que fora do meu tempo e ambiente
Vivo num limbo com as outras criaturas
Que unir ousaram o coração e a mente...
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31/01/2018
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