Minha varanda, mirante do poente...
Quanto me viste na cadeira balançante
Não somente a mirar o circundante.
Mas a observar minha própria mente...
Não te assustes, velha, minha varanda,
Não confesso deste modo a ruptura
Em duas almas e que uma já desanda:
Sou eu mesma, a passada e a futura...
"Alma pensas mirar tua própria mente
Mas estás a fazê-lo ao teu umbigo.
Vê só como o mundo é diferente:
Vê os homens nos Campos do Senhor,
Como labutam no limite do perigo...
Vê quanta dor, coragem, e quanto amor!"
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02/10/2017
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