quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Soneto (de Alma Welt)

                                                  A Pensadora - desenho de Guilherme de Faria
 
 
O Soneto (de Alma Welt)
 
Eu hei de escrever certo soneto
Que fale do amor do mundo inteiro
E sirva pra mim como amuleto
Como ouro fosse a tinta do tinteiro.
 
Não sei se vou gestá-lo ou o mature
Capaz de erguer e acender igual farol
Como o do “infinito enquanto dure’’,
E que brilhe entre os pares como o sol.
 
Revelei tal ambição ao meu amigo
E a resposta e reação me surpreendeu
Qual se fosse leviano isso que digo...
 
“Então não vês, ó Alma, que o poema
É conseqüência de um amor que pereceu
Quando justo ser eterno era o seu lema?”

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