sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Regato (de Alma Welt)


 
O Regato (de Alma Welt)

Adeus, amor meu, que imensa dor
É deixá-la a chorar a minha morte!
Assim dizia o regato para a flor
Enquanto deslizava para o norte.


E eu guria lia esta bobagem
A pensar que a poesia não tem dono,
Que eu também estava de passagem
Mas podia preencher meu abandono

E grafar como morro a cada dia
Numa forte saudade que é o meu tom
Ou que era como sempre me sentia...

Quanto os meus sofrerem tenho feito,
Que me querem, por certo, o bem e o bom,
E pensam que meu leito é tão estreito!
 

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