O Regato (de Alma Welt)
Adeus, amor meu, que imensa dor
É deixá-la a chorar a minha morte!
Assim dizia o regato para a flor
Enquanto deslizava para o norte.
E eu guria lia esta bobagem
A pensar que a poesia não tem dono,
Que eu também estava de passagem
Mas podia preencher meu abandono
E grafar como morro a cada dia
Numa forte saudade que é o meu tom
Ou que era como sempre me sentia...
Quanto os meus sofrerem tenho feito,
Que me querem, por certo, o bem e o bom,
E pensam que meu leito é tão estreito!
Adeus, amor meu, que imensa dor
É deixá-la a chorar a minha morte!
Assim dizia o regato para a flor
Enquanto deslizava para o norte.
E eu guria lia esta bobagem
A pensar que a poesia não tem dono,
Que eu também estava de passagem
Mas podia preencher meu abandono
E grafar como morro a cada dia
Numa forte saudade que é o meu tom
Ou que era como sempre me sentia...
Quanto os meus sofrerem tenho feito,
Que me querem, por certo, o bem e o bom,
E pensam que meu leito é tão estreito!