Gente de Circo- fase baconiana de Guilherme de Faria, o s/t 1991, 90x70cm,
Gente de Circo (de Alma Welt)
Sempre me fez chorar gente de circo...
A vida com seu número mesclada
Em que já não distinguimos mais o rico
De sua imensa miséria disfarçada.
O ser em poesia conservado
Como exemplar em vidro e álcool,
Afinal, sentido triste e ultimado
Do ser no picadeiro que é seu palco.
Mas os anões, isso é atroz e me derrota.
E já não posso assistir ou deles rir
Que uma espécie de culpa me sabota.
E vejo que eles são nosso reflexo
Com tudo que do espelho possa vir
De volta ao coração nosso, perplexo...
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