O Pinóquio de saias (de Alma Welt)
Os meus sonetos são meus confidentes;
Indiscretos, eu sei, passam adiante
Os meus segredos quando ainda quentes
E os antigos guardados numa estante,
Os meus sonetos são meus confidentes;
Indiscretos, eu sei, passam adiante
Os meus segredos quando ainda quentes
E os antigos guardados numa estante,
Que da alma, plena de mistérios,
Revelados não perdem o encanto
A julgar por meus seis leitores sérios,
E mais uns dois ou três fiéis se tanto.
Báh! Às vezes, desolada, me dou conta
De que vivo um permanente solilóquio,
Que não passo por certo de uma tonta.
E que, eu, perdida em minha herdade,
De saias sou uma espécie de Pinóquio
Almejando ser guria de verdade...
Revelados não perdem o encanto
A julgar por meus seis leitores sérios,
E mais uns dois ou três fiéis se tanto.
Báh! Às vezes, desolada, me dou conta
De que vivo um permanente solilóquio,
Que não passo por certo de uma tonta.
E que, eu, perdida em minha herdade,
De saias sou uma espécie de Pinóquio
Almejando ser guria de verdade...
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