Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
sábado, 8 de outubro de 2011
Náufraga (de Alma Welt)
Náufraga (de Alma Welt)
Quando guria li sobre Nemrod,
Poderoso caçador diante de Deus...
Que ingênua eu era, vê se pode:
Logo eu pensava em pai e irmão meus
Que a mim me pareciam soberanos,
Meu pai com seu piano na coxilha
E Rodo, jogador, com seus arcanos,
Eu, princesa prisioneira numa ilha
De onde enviava minhas mensagens
Como bilhetes de náufraga perdida
Em garrafas lançadas desde as margens
Para que alguém me viesse resgatar
De mim mesma para conhecer a vida,
Verdadeira, pois lá fora... e além-mar!
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