Agradecida às vezes me dou conta
Do imenso privilégio da Poesia,
Da dádiva de estar tão cedo pronta
Para contar tudo o que eu vivia
E fazer do soneto o meu Diário
Sabendo que cada santo dia
Era único e extraordinário
Mormente pelo modo que eu sentia
A vida qual mistério irrevelado
Com surpresas como chuva de granizo
A tamborilar no meu telhado...
E que percalços, dores e vergonhas
Seriam sempre entremeados pelo riso
Como eram no tempo das cegonhas...
(sem data)
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