Para prosseguir minha jornada
Lanço mão de certos artifícios,
Não os da vaidade declarada
De que dispenso os sacrifícios,
Mas plantar sementes no agora
Dos frutos do porvir, a macieira
Dos pomos dourados de uma aurora
Vislumbrada por mim a vida inteira,
"Eis a maior vaidade!" -vós direis-
"Tudo é vão, na morte tudo finda,
Até o fausto e poder de antigos reis!"
Mas eu, ainda guria, constatei
Que o jogral do rei o canta ainda,
Eis o poder maior que já encontrei.
(sem data)
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