Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Mar, montanha, caravela (de Alma Welt)
Alma e o Mar - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2003, 30X40cm
Mar, montanha, caravela (de Alma Welt)
E eis-me aqui em alta passarela
Onde eu posso avistar o mar sem fim
E saudar uma longínqua caravela
Que acena suas velas para mim.
Como e porquê o sei, se me pergunto,
Responderei que tudo sou só eu,
A montanha e o mar, esse conjunto
E o aceno que o mar me devolveu.
Irei de mim comigo, ou volto a mim?
Jamais se parto ou chego saberei,
Que ondas só conheço as do capim...
Entranhada marinha em que me vejo
Nesta rubra montanha em que me sei
Tão somente a Alma e meu Desejo!...
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A Carta (de Alma Welt)
A Carta- óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 100X80cm, coleção particular, São Paulo
A Carta (de Alma Welt)
Me recordo do ângulo em que eu via
Aquela carta que chegou com um buquê,
Cujas cores e o perfume que eu sentia
E que um puro coração ainda vê
Era, sim, todo o sentido que restou
Embora eu me lembre de seus dedos
E como a bela mão manipulou
As contas de um colar, como brinquedos.
E na alma da poeta que eu seria,
Perdoem se pareço pouco humilde,
Romântico enredo se fazia.
Mas hoje vem à mente um outro lance:
O olhar de censura da Matilde
Que me ficou gravado num relance...
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