Como um grande buquê ou ramalhete
A primavera não nos vem por certo
Com lisonjas d’um cartão ou só bilhete...
Mas que admirador, temos, secreto!
Cada dia vivido é um presente
E é mais fácil nos pegar surpresos
Sem mesmo merecê-lo, simplesmente,
Nós que temos mesmo rabos presos...
Quanto a mim, pra não restar suspeita,
Recebo do dia a honraria
Como se tivera eu boa receita
Do melhor viver, correto e digno
E com falsa modéstia me persigno
Quando aquele aplauso me anuncia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário