Pássaros migrantes do meu sonho!
Eu os avisto a voar em formação
A caminho do Norte e sua canção
Que conheço só do que disponho
De livros e poemas nas estantes
Desde que era a guria tão curiosa
Projetando vagar mundos distantes
Talvez como escritora já famosa...
Me alce, ó bando, e leve com você
Nesse vôo lindo em esquadrilha
Com formato sugestivo de um “V”
Do qual não almejo a liderança,
E humilde seguirei a maravilha,
O sonho de que a Alma não se cansa...
(sem data)
Este espaço é destinado às diversas séries de sonetos da poetisa gaúcha Alma Welt, que, mais genéricas, não se enquadrem nos outros blogs da poetisa, de séries mais específicas, como os eróticos, os metafísicos, etc. (vide lista de seus blogs)
sexta-feira, 12 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O Edital (de Alma Welt)
Manhãs do meu sonho, esfuziantes,
Que me faziam descer o corrimão
Deslizando como todos os infantes
Que habitaram este vetusto casarão
Naquela ânsia de viver e de voar
Pelo nosso jardim e pradaria
Ou sob a macieira do pomar
Cujo pomo a passarada me anuncia!
Gloriosas e radiantes minhas manhãs
Em que por sentir-me tão vital
Fazer quisera, igualmente, um Edital
Anunciando os frutos da Poesia
Que honrei, malgrado as horas vãs,
E “o tempo que perdi em ninharia”...
05/09/2006
Nota
Acabo de encontrar este belo soneto, verdadeira "profissão de fé" de poeta, na Arca da Alma. Notem que "...o tempo que perdi em ninharia" é uma citação na íntegra de um verso do primeiro terceto do soneto de Benvenuto Cellini (célebre ourives e escultor da Renascença Italiana) que serve de epígrafe ou prólogo para a sua famosa autobiografia. O soneto termina com estes versos:
" ...benvindo (Benevenuto) fui
Na graça desta terra da Toscana!"
Que me faziam descer o corrimão
Deslizando como todos os infantes
Que habitaram este vetusto casarão
Naquela ânsia de viver e de voar
Pelo nosso jardim e pradaria
Ou sob a macieira do pomar
Cujo pomo a passarada me anuncia!
Gloriosas e radiantes minhas manhãs
Em que por sentir-me tão vital
Fazer quisera, igualmente, um Edital
Anunciando os frutos da Poesia
Que honrei, malgrado as horas vãs,
E “o tempo que perdi em ninharia”...
05/09/2006
Nota
Acabo de encontrar este belo soneto, verdadeira "profissão de fé" de poeta, na Arca da Alma. Notem que "...o tempo que perdi em ninharia" é uma citação na íntegra de um verso do primeiro terceto do soneto de Benvenuto Cellini (célebre ourives e escultor da Renascença Italiana) que serve de epígrafe ou prólogo para a sua famosa autobiografia. O soneto termina com estes versos:
" ...benvindo (Benevenuto) fui
Na graça desta terra da Toscana!"
sábado, 6 de junho de 2009
A quermesse (de Alma Welt)
Eu gostava da quermesse na cidade
E há pouco descobri a razão disso,
Ali há uma pequena sociedade,
Arremedo do mundo a seu serviço:
Sortes, jogo, comércio e pescaria
Além os tiros, desafios e os aportes,
Um jovem descobrindo uma guria,
Os olhares, suspiros e transportes,
E, bah! Os sonhos que não morrem,
Os anseios numa eterna romaria
Do coração que busca sua poesia
Em que lança suas raízes para o fundo
E se agarra enquanto as horas correm,
O carrossel girando como o mundo...
28/10/2006
E há pouco descobri a razão disso,
Ali há uma pequena sociedade,
Arremedo do mundo a seu serviço:
Sortes, jogo, comércio e pescaria
Além os tiros, desafios e os aportes,
Um jovem descobrindo uma guria,
Os olhares, suspiros e transportes,
E, bah! Os sonhos que não morrem,
Os anseios numa eterna romaria
Do coração que busca sua poesia
Em que lança suas raízes para o fundo
E se agarra enquanto as horas correm,
O carrossel girando como o mundo...
28/10/2006
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