sábado, 3 de outubro de 2020

Ariadne, Ícaro (de Alma Welt)

No labirinto de mim, mas não perdida,
Mas atada a este fio condutor meu,
Deixei lá fora o meu próprio Teseu,
Tendo invertido os polos da partida. 

E tateio, não no escuro (tocha tenho),
As úmidas parentes da memória,
Apenas refazendo o fio da história,
Que por meu Minotauro jamais venho...

Como passar pelas câmaras secretas,
Os atalhos e desvios de percurso
Com esta mesma dor de antigas setas?

Uma alegria me resguarda o curso:
Mantida a duras penas a auto-estima,
Como asas com que irei sair por cima...
.
02/10/2020

Nenhum comentário: