quinta-feira, 6 de março de 2008

O reencontro (de Alma Welt)

Quero reencontrar os meus amores
Todos nos meu braços novamente,
E minha idéia recebeu louvores
Do meu mano afoito e imprudente.

Aline, Vânia, Andrea, e Laís
Antonio e Chiara, a linda Fiora,
Mayra ex-ninfeta tão feliz,
Gino que, parece, ainda me adora.

Todos aceitaram meu convite
Para conhecer o "grande prado"
E minha excitação não tem limite.

Mas ainda não sabem qual o nexo
Desse reencontro inusitado:
Brindarmos ao amor, à vida e ao sexo.

01/01/2007

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Nota da editora

Este fato realmente aconteceu, aliás como tudo o que a Alma conta, às vezes ligeiramente transfigurado e sempre com sentido alegórico. Eu fui testemunha. Minha irmã conseguiu reunir quase todos os seus antigos amores aqui por quinze dias, uns com o pretexto de férias e outros pela curiosidade de conhecer a estância e o casarão. Acredito que ela os teve a todos novamente nos seus braços no seu leito, e suspeito que alguns simultaneamente. Mas a verdade é que ao mesmo tempo que uma celebração isso fazia parte de sua despedida. (Lucia Welt)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Prece ao Vento (de Alma Welt)

Vento leva-me ao longe
Quero voar e subir,
Ver o mundo como monge,
Do alto, mas sem desistir.

Afasta-me dos desejos
Que me prendem à terra
Dá-me asas e ensejos
Como alguém que já não erra.

Como uma ave de mar,
Vento, vento, dá-me voz
Para que eu cante no ar!

Mas se for morrer nas águas
Sou leve, não tenho mágoas,
Por quê iria me arrastar?

(sem data)

Sendas da beleza (de Alma Welt)

Quando chegue o verão do nosso amor
Eu irei contigo à cascata
Para nos banharmos sem pudor,
Nuas, protegidas pela mata.

Eu sei que o perigo é permanente
De sermos vigiadas e invadidas
Por olhares de seres ou de gente
Que sempre visa as escolhidas.

E somos nós, eu sei, a dupla eleita
Que as gentes perseguem, invejosas
De nossa beleza que é perfeita.

Todavia retiremos as anáguas
E vamo-nos seguras, corajosas,
Pelas trilhas em torno dessas águas...