quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Última Mascarada (de Alma Welt)

Rodo, ainda sermos belos é o sinal
De que não estamos em pecado.
Perdida, a alma traz cenho fechado,
Ricto de agonia em signo do mal.

Vê, somos leves, rimos tanto,
A primavera não nos abandonou;
A relva que pisamos como um manto
Jogado sobre o lodo, nos honrou.

Somos nobres, ergamos a cabeça,
Mal uma voz ou outra se elevou.
Pisemos e subamos na caleça.

Um baile de alegrias nos espera,
Se não no mundo, na corte que restou
Na derradeira Mascarada desta era...

(sem data)