sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O medo (de Alma Welt)

Há quem tenha certezas e são muitos
Que juram sobre a Bíblia sua fé
E creem na cidade dos pés juntos
E na infalível e poderosa Santa Sé..

Mas eu, pobre criança do destino,
Que sei eu da vida após a morte?
Nem da vida presente tenho tino,
Tudo é mistério para mim
 e pura sorte.

Sim, porque eu não estou pedindo nada
Sou bela, meio rica e talentosa
E tenho uma obra em verso e prosa.

Mas, Senhor, esta maldita lucidez
Não me deixa nem um pouco apaziguada,
Devo ao medo a permanente palidez...

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09/12/2016

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