quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Fatalismo (de Alma Welt)

Vão-se os anéis, talvez os dedos,
Crescem as orelhas, não a oitiva;
Vão-se os belos dentes, só gengiva,
Vai-se a audácia, restam medos.

As calças necessitam suspensórios,
Porcarias a mente cria e ceva;
Somos passageiros compulsórios,
Alado, só o mau Tempo nos leva...

O Destino... são favas contadas
E ninguém foge à sua contagem,
Embora camuflemos as fachadas:

Olhamos no espelho e outros somos,
Não reconheço a árvore só os pomos,
Nem por isso escapamos à voragem...

.
22/12/2016

Nenhum comentário: