quarta-feira, 25 de abril de 2012









Sabat- desenho de Guilherme de Faria, 1962

Sabat (de Alma Welt)
Meia noite. Bateram as badaladas
Do sino da aldeia anoitecida.
Também do cemitério almas penadas
Se erguem com esta hora dividida
Entre um dia e outro, em maldição,
Juntando os maus espectros dos sonhos
Com os entes perdidos, sem unção,
Que se tornarão malignos, medonhos,
Durante a missa negra desta noite
Que tem todo o caráter de uma orgia,
Fogo das almas que um Demo acoite...

E eu me encolho no leito, no meu quarto,
Jurando ser boazinha no outro dia,
Nem que eu nasça de mim em novo parto...

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