quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Soneto Perdido da Alma (de Alma Welt)


Pampa, O Soneto Perdido da Alma - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 30x40cm

O Soneto Perdido da Alma (de Alma Welt)

Na coxilha em toco seco quase relo
Deslumbrada de repente com o rosa
De uma nuvem vinda do amarelo
Que me fez achar a vida gloriosa...

E deixo meu soneto atravessado
Na pontinha de um galho desse tronco
Como o local exato registrado
Do pasmado olhar em que me encontro.

Então passados dias desse evento
Voltei ao local na expectativa
Do soneto a bailar naquele vento...

Mas não havia mais o galho nem papel
A não ser a memória ainda viva
De um efêmero capricho do meu céu...

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