domingo, 15 de julho de 2012

Confissão (de Alma Welt)

A Morte- óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 50x60cm, 1965

A morte me estragou parte da vida
Pela minha consciência tão presente
Desse fantasma que me bota prevenida
Contra uma ameaça assim latente.

Quisera ser mais inocente, pueril,
Como quando para mim era distante
E morava bem no fundo do funil
Essa abantesma escura e delirante

Que jamais me ocorreria, só aos outros,
Como as guerras e demais catástrofes
Que nunca ocorriam com "nosotros"...

E eu viveria para sempre na coxilha
A burilar feliz as minhas estrofes,
Pois o Pampa era meu mar, e eu a Ilha...
 

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