sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

A Hiperbórea (de Alma Welt)

Quanto aperta a solidão da minha poesia,
Eu cubro a cabeça com a coberta,
Um recurso que parece a coisa certa,
Mas o qual, em criança eu não fazia...

Então logo conclamo as minhas forças
Pra cumprir este meu estranho ofício
De escolher as palavras como corças
À beira de um gelado precipício...

Por isso amo o orvalho na coxilha
Com a promessa de gelo que contém
Mesmo quando se desfaz na minha trilha.

Pois ainda que às vezes se rebele,
Hiperbórea minha alma se mantém
E ainda as neves cobrem minha pele...
.
22/01/2021

Nenhum comentário: