sábado, 16 de fevereiro de 2013

A Remadora (de Alma Welt)

Monet (reinterpretado)
 
A Remadora (de Alma Welt)

Báh! Venham-me os ventos do passado,
Que este presente é tão fugaz

Com seu jeito de correr desabalado
Pra deixar a vida mesma para trás...

Outrora no presente eu me aninhava
Ou em lentos passos na coxilha
A contar sílabas nos dedos caminhava
Como se do próprio Tempo eu fosse filha.

Ó vocês, apologistas do Presente!
Talvez tenham razão mas eu discordo
Pois da lógica me encontro dissidente...

E se contemplo tanto o que passou
É que de uma canoa estou a bordo
Assim, de costas, a remar pra onde vou...

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