terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Plataforma (II) (de Alma Welt)



Foto de Filipe Arozi (RGS)

A Plataforma (II) (de Alma Welt)

Quando, Rodo, partir foi quase a norma,
Eu guardava as lembranças mais queridas,
As fotos, as memórias e as saídas,
E fui a que ficou na plataforma

Quando o trem partiu com cada um
Enquanto eu ficava a acenar
Até sumir no horizonte como um zoon
E o guarda-freios ouvir meu suspirar...

Também parti um dia pra voltar
E vi como é cruel partir assim
Para aqueles que insistem em ficar,

Pois sólidos, arraigados e felizes
Tinham suas raízes já em mim,
Que então nunca parti, como tu dizes...

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