segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A Esperança (de Alma Welt)


 
Alma e o mar- óleo s/ tela de Guilherme de Faria
 
A Esperança (de Alma Welt)

A Esperança é vaga e indefinida,
Vale por si só e nos sustenta;
Jamais cerceada se intimida,
Mas relacionada se apoquenta

E mostra sua malícia e faz suspense
Furtando-se a nos dar os seus favores,
Mostrando que não vale o que se pensa
Mas a realidade dos horrores.

Pra quê serve então a Esperança?
(argüireis, quase já desesperados)
Se com ela a meta não se alcança?

Um horizonte longínquo descortina
E na aurora uma face de criança,
Que é tudo a que a alma se destina...

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