segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A Caverna dos Gigantes (de Alma Welt)

Acordando de mim mesma parti cedo,
Levando meu caderno de poesias
Como mapa do tesouro, mas sem medo
Das minhas próprias e intrincadas trilhas.

Logo encontrei a Caverna do Soneto
Coruscante de pepitas e diamantes
Mas vi que era um pátio de gigantes
E com eles, por certo, não me meto. 

Gravado estava o nome de Petrarca
Também o de Shakespeare estava à vista
Onde Dante deixara a sua marca.

Luzindo, o nome de Camões eu deparei, *
O Polifemo que encabeçava a lista
Com Florbela e Pessoa... e acordei.
.
09/11/2020

Notas
*Luzindo, o nome de Camões eu deparei -
Trocadilho com a palavra luso (português)...
 
*O Polifemo que encabeçava a lista -
Alma designa Camões, que era caolho (perdeu um olho em batalha em Ceuta) com o nome do gigante (Titã) de um olho só, da Odisseia de Homero, que morava numa caverna que Odisseu e seus homens invadiram.


Nenhum comentário: