domingo, 17 de julho de 2016

Parnaso (de Alma Welt)


Aventurei-me nas águas de minha alma
Com risco de afogar-me em seus meandros
E no limite, levantando a minha palma,
Faltando o ar implorei por escafandros.

"Exagero" - direis- "quanta eloquência!
Fazes do versejar uma tragédia
Pra dos novos afastar a concorrência
Ou ao estro dos mais velhos fazer média..."

"És romântica, isso sim, e demodée,
Agora ninguém sofre ao fazer verso,
Estás então mitificando, já se vê..."

Mas eu, humildemente imploro à Musa,
De um Parnaso, por aí ora disperso:
"Quero ir pra casa, perdão, estou confusa..."
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15/07/2016

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