domingo, 17 de julho de 2016

A vã prudência (de Alma Welt)


Busquei dentro de mim mesma o meu amor,
Pra que não me confundisse com Narciso
Que amava só o que mirava e virou flor,
Enquanto eu procurei o que é preciso

Pois logo armada do que encontrei em mim
Fui aonde está vagando o ser humano
Para agora lhe dizer o não e o sim
Já que amar não exclui erro ou engano.

Mas não fui poupada em minha prudência
E malgrado as providências que tomei
Pra superar a ancestral e vã carência

Sofreria o mal de amor como as princesas,
Tão perdidas nos castelos de tristezas
Quanto eu que de mim mesma tanto sei...

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17/07/2016

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