terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Moratória (de Alma Welt)

ou O sono dos amores (de Alma Welt)

De noite as fragrâncias do jardim
Trazem sonhos de antigos moradores
Desta casa tão vivida, e o jasmim
Como os elos perdidos dos amores...

Tais anseios não morrem, não têm fim
Conquanto adormecidos na memória
Das coisas que já eram mesmo assim
Ao pedirem paz ou... moratória

Por sofridas perdas e fracassos
Que são como os acertos, no final,
Pois tudo são caminhos e são passos

Já que a morte deixa tudo inacabado,
Sonetos em que o fecho é sempre igual:
Gozo e dor a reflorir sobre o gramado...

17/08/2006

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