sábado, 16 de fevereiro de 2008

Estrelas fiandeiras (de Alma Welt)

(1)
Estrelas que me guiam, minhas estrelas
Que no imenso firmamento de minh'alma
Me olham com ternura e com calma
Sabendo que eu nunca irei perdê-las

Do meu belo horizonte de destino,
Fiel ao juramento em meu jardim
Na noite de um ajuste muito fino
Que fiz de mim mesma para mim!

Ó estrelas, fiandeiras esmeradas
Que cardais, depois fiando numa roca
O fio que liga amantes e amadas,

Não deixareis de enredar o meu amor
Até ele emergir de sua toca
Para termos nosso encontro de esplendor!



(sem data, provavelmente 2006)
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Nota da editora

Acabo de encontrar alguns belíssimos sonetos da Alma, ultra-românticos, que caracteristicamente poderiam ser separados numa série que eu chamarei de "Sonetos às estrelas". Por isso deixarei de incluí-los nos Pampianos, embora sejam da mesma época e inspirados pelas suas noites no jardim do nosso casarão aqui da estância, e que agora denominamos Jardim da Alma. (Lucia Welt)

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