segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Tributo ao soneto alexandrino (de Alma Welt)

Viver é expressar-me, não m'o tirem
O direito ao soneto, que escolhi.
É meio de deixar que assim me mirem:
Nua, dentro e fora... e assim vivi.

Se é preciso que regras respeitemos,
Eu prefiro a das doze badaladas:
Meio, dia, meia noite, nas caladas,
São favas contadas, sempre temos.

Mas não são arreios, menos freios,
Apenas disciplina em liberdade,
Uma expansão por outros meios...

E no fim, livre e voando como ave,
Meu ouro é somente a dita chave
Da minha irrestrita humanidade...
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10/10/2022

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