terça-feira, 16 de julho de 2013

O Salgueiro Florido da Alma (de Alma Welt)

O Salgueiro Florido da Alma - óleo s/ tela de Guilherme de Faria
 
 
O Salgueiro Florido da Alma (de Alma Welt)

Ó meu salgueiro de ramas azuladas!
Quanto tenho eu chorado junto a ti,

Sob essas tuas ramagens derramadas
A me induzir um pranto que escondi.

Agora deitas flores, mais doídas
Pois que mal amenizam tua tristeza
Já que deixam tuas dores só floridas
Como as minhas próprias, com certeza...

E então me comovo à tua sombra
Pela beleza amarga destes prados
Sobre a relva macia como alfombra

E medito a solidão do meu destino
De flores espinhosas como os cardos
Neste sonoro silêncio, como um sino...

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