quinta-feira, 14 de março de 2013

O quatrilho perdido (de Alma Welt)

Eu bem que tive meus dias de esplendor
Em que aliava beleza à juventude
E ainda ao talento e ao amor,
Quatrilho que mantive o mais que pude.

 Princesa me chamavam, não me pejo
De evocar o quanto era querida,
Se quando em memória me revejo
Confirmo a perfeição de minha vida...

“De nada te arrependes?” Me perguntas,
E eu já pestanejando ao retrucar:
A que te referes? O que assuntas?

Bem sei que queres ver-me em prantos,
Meu amor tão proibido a lamentar,
O coração, cão encolhido, pelos cantos...

 

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