quarta-feira, 23 de maio de 2012

Gradiva (de Alma Welt)




Gradiva (de Alma Welt)

Gradiva sou, de mim vou e caminho
Para onde não importa, apenas vou
E nem mesmo vou sequer de vagarinho
Meu andar já me define como sou.

Não por elegância especialmente,
Embora a beleza viva em mim,
Mas por firmeza e decisão da mente
Coisas que são em si mesmas meta ou fim,

Não hás de ver no meu andar a sedução,
Que quando consciente é duvidosa
E cai sempre na vulgar dissipação.

Meu passo metafísica me quer
Como o intrincado signo da rosa
Labirinto da alma rubra da mulher...
 

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Nota (da Wikipédia)


A Gradiva (detalhe do relevo das Aglaurides). Cidade do Vaticano, Museu Chiaramonti.
A Gradiva de Jensen (do latim, "aquela que avança", feminização de Gradivus, um dos epítetos do deus romano Marte, Mars Gradivus, isto é, "Marte que avança") é um romance publicado em 1903 pelo escritor alemão Wilhelm Jensen, que teve grande influência na cultura européia, sobretudo entre os surrealistas.

A Gradiva é de fato um baixo-relevo neoático romano, da primeira metade século II, feito à maneira das obras gregas do século IV a.C., e representa uma jovem que dança e levanta a barra de seu traje. É parte do relevo das Aglaurides - as filhas de Cécrope, cuja mulher se chamava Aglauros ou Agraulos - e está no Museu Chiaromonti, no Vaticano.[1]

O romance de Jensen foi tema do famoso estudo de Sigmund Freud O delírio e os sonhos na 'Gradiva' de W. Jensen (Der Wahn und die Träume in W. Jensens ″Gradiva″), de 1907 e inspirou vários surrealistas

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