sábado, 8 de outubro de 2011

Náufraga (de Alma Welt)


Náufraga (de Alma Welt)

Quando guria li sobre Nemrod,
Poderoso caçador diante de Deus...
Que ingênua eu era, vê se pode:
Logo eu pensava em pai e irmão meus

Que a mim me pareciam soberanos,
Meu pai com seu piano na coxilha
E Rodo, jogador, com seus arcanos,
Eu, princesa prisioneira numa ilha

De onde enviava minhas mensagens
Como bilhetes de náufraga perdida
Em garrafas lançadas desde as margens

Para que alguém me viesse resgatar
De mim mesma para conhecer a vida,
Verdadeira, pois lá fora... e além-mar!

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